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Criptomoedas de Bancos Estatais
Segundo o arquiteto blockchain Biser Dimitrov ao Livecoins, as tendências para 2020 são a sucessão de movimentos iniciados em 2019, sendo um grande destaque a criação de moedas estatais e de Bancos Centrais.
Desde o ano de 2019, a criptomoeda da China é bastante esperada, principalmente após diversas notícias sobre o aumento do uso de tecnologia Blockchain pelo país e a parceria com a gigante de tecnologia Huawei para projeto de pesquisa sobre criptomoeda do Banco Central da China.
Outras moedas estatais e de bancos centrais que também estão em pauta são a do Banco Central Europeu, sugerida pelo ministro francês Bruno Le Maire após o anúncio da Libra do Facebook, bem como a ideia de Mark Carney, governador do Banco da Inglaterra sobre a criação de uma criptomoeda semelhante à Libra do Facebook pelos Bancos Centrais.
Stablecoins
Dimitrov também afirmou 2020 será o ano das stablecoins. As criptomoedas lastreadas em ativos ou moedas fiduciárias têm se tornado cada vez mais populares, um grande exemplo disso é a Tether, que possui capitalização de mercado de US$ 4 bilhões e é adotada por diversas exchanges globais de criptoativos.
Segundo Geraldo Marques co-fundador da WiBX, o que impulsionará o crescimento das stablecoins em 2020 será a busca dos investidores por menor volatilidade do câmbio das criptomoedas, bem como seu vínculo com tecnologias blockchain que garante a descentralização, privacidade, transparência e segurança para as transações, conforme comenta o investidor Oleg Spilka em artigo para o Investing.com
Tokenização de ativos reais
Em 2019 os Security Token Offerings (STOs) estiveram muito em alta e pretendem continuar crescendo em 2020. Uma prova disto está no lançamento do ReitBZ (RBZ), um STO voltado para o mercado mobiliário criado pelo BTG Pactual, o maior banco de investimentos independentes da América Latina. O RBZ é uma representação de ativos imobiliários não honrados por seus antigos donos, sendo um token que pode ser adquirido por investidores do mundo todo.
Porém, não é só o mercado imobiliário que ganhará novos ânimos com a tokenização, o BTG também pretende estender esta iniciativa a outros mercados que apresentem boa rentabilidade em 2020 em um cenário de juros baixos. Além do BTG Pactual, conforme comenta André Franco, da Empiricus Research ao MoneyTimes, o banco suíço UBS também tem a tokenização de ativos em seus planos para 2020.
A eficiência do processo de distribuição, o baixo custo e a facilitação do acesso à liquidez a nível global são alguns dos principais fatores que puxam o mercado de STOs em 2020.
Grandes empresas investindo em suas próprias criptomoedas
Neste ano, grandes empresas anunciaram a iniciativa de criar suas próprias criptomoedas. Uma delas, envolta por muitas especulações e obstáculos no caminho é a Libra do Facebook. Outra empresa que surpreendeu o mundo ao anunciar seu token nativo é o maior banco estadunidense, o JP Morgan Chase.
A Libra e a JPM Coin estão previstas para serem lançadas em 2020 e se propõem a facilitar o comércio internacional, eliminando a lentidão do processo e a necessidade de intervenções de terceiros.
Além do lançamento destes tokens há uma grande expectativa de que mais empresas decidam tomar o próximo passo no universo dos criptoativos.
Ascensão de aplicativos baseados em tokens
Com o case de sucesso do Brave Browser ultrapassando os 10 milhões de usuários em 2019, os aplicativos baseados em tokens passaram a figurar como uma forte tendência para o ano de 2020.
Além do Brave, o Steemit, Alluva e WiBX também apresentaram um bom desempenho em 2019, abrindo caminho para que o mercado de apps baseados em tokens cresça ainda mais na nova década.
A Steemit é um site de mídia social e blogs baseado em blockchain que “premia” seus usuários com o token STEEM por publicar e fazer curadoria de conteúdo dentro da plataforma. A Steemit, criada em 2016, já conta com 1.238.717 usuários registrados.
Já o Alluva é uma plataforma que se coloca como descreve como um produto baseado em blockchain que permite aos usuários prever e classificar ativos de criptomoedas. O objetivo é criar dados para uso de investidores de startups, varejo, institucionais e de criptomoedas. O Alluva é um projeto da Oddup, uma empresa de classificação de startups.
A WiBX é uma token voltado para o setor do varejo, usada para trocas entre marcas e consumidores. Este token conta com apoio da exchange Mercado Bitcoin e pode ser utilizado na plataforma Wiboo. Atualmente a WiBX possui mais de 100.000 usuários cadastrados.
O que você acha das tendências para 2020? Acha que tem mais coisas que serão destaque na nova década? Compartilhe com a gente!
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