O Brasil atingiu a impressionante marca de 10 milhões de investidores em criptoativos, conforme revelado em um estudo do Mercado Bitcoin.
Embora represente cerca de 5% da população, essa conquista assume relevância considerável ao ser comparada aos 5,3 milhões de CPFs registrados na B3 no segmento de renda variável, representando quase metade deste número.
Além do apelo inovador e tecnológico dos criptoativos, o potencial de ganhos exponenciais e a experiência facilitada dos usuários nas plataformas de exchanges são fatores importantes.
Há, no entanto, mais fatores em jogo: o Brasil está gradualmente se tornando um protagonista no cenário global de criptoativos.
Essa crescente popularidade acontece em um contexto de baixa penetração de investimentos em Bolsa, destacando a diferença marcante entre o mercado brasileiro e o norte-americano.
Esses desenvolvimentos ocorrem em uma fase inicial do ciclo de adoção dos criptoativos, sugerindo que os números atuais têm potencial para crescer substancialmente nos próximos anos.
Observando o cenário local, o estudo do Mercado Bitcoin segue uma tendência já apontada por outras entidades do mercado.
A empresa de pesquisa on-chain Chainalysis classificou o Brasil em 7º lugar no ranking global de adoção de criptoativos, considerando fatores como o valor gerado por serviços centralizados, finanças descentralizadas e volume de negociação em exchanges peer-to-peer (P2P).
Apesar disso, o Brasil ainda investe pouco em ações na Bolsa em comparação com os Estados Unidos, com apenas 2,6% de participação brasileira contra expressivos 61% nos EUA.
Isso demonstra que o Brasil enfrenta um desafio em relação à educação financeira, sugerindo um cenário de "tudo ou nada": poupança ou criptoativos.
No entanto, a solução é clara - há uma necessidade de informação de qualidade sobre finanças pessoais e investimentos disponíveis ao público. No caso dos criptoativos, é crucial demonstrar o potencial de uso e crescimento dessa modalidade.
O mercado de criptoativos ainda não alcançou o "ponto de virada", um conceito apresentado por Malcolm Gladwell em seu livro "O Ponto de Virada".
Assim como em outras tecnologias, a adoção de criptoativos segue uma curva em S, onde os entusiastas pioneiros são seguidos por camadas mais amplas da sociedade.
Estimando essa trajetória, o bitcoin pode atingir a adoção por 10% da população global por volta de 2030, indicando que o ciclo de adoção ainda está em fase inicial.
Portanto, embora haja um longo caminho a percorrer, estamos nos aproximando de um ponto sem volta. Os criptoativos estão se tornando cada vez mais uma parte integral da vida dos brasileiros e de cidadãos ao redor do mundo.
Antes de investir em qualquer criptomoeda, é fundamental conduzir uma pesquisa completa, entender sua proposta de valor, a tecnologia subjacente e os riscos envolvidos.
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