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Quando empresas precisavam de respaldo para iniciar seus negócios, era comum que lançassem ações em bolsa, as chamadas IPOs, tornando-se companhias de capital aberto que conseguiam o montante necessário para realizar suas operações através de sociedades anônimas com os investidores.
Entretanto, com a revolução tecnológica e a dinamicidade do mundo, novos modelos de empresa começaram a surgir e, consequentemente, a forma de buscar capital para seus negócios também mudou. A nova economia digital, da qual fazem parte as startups e novos sistemas monetários descentralizados tal como o Bitcoin, trouxe também uma nova forma de capitalizar negócios: os ICOs.
Mas afinal, quais as diferenças entre ambos?
O que são IPOs
Chamada Initial Public Offerings, em tradução livre Oferta Pública Inicial, o IPOs são as ações que uma empresa lança em bolsa de valores para se tornar de capital aberto. As IPOs tornam o investidor um sócio da empresa, estando sujeito às regulamentações impostas, as quais são de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma autarquia federal que fiscaliza o mercado de capitais e pela B3, cuja missão é garantir negociações transparentes e igualitárias.
No contexto dos IPOs, também se inserem os bancos de investimento, que são responsáveis por mostrar o prospecto, um documento padronizado exigido pela CVM que traz informações relevantes para auxiliar o possível investidor a tomar sua decisão. No prospecto constam políticas de investimento do fundo, direitos e responsabilidades dos investidores, situação financeira da empresa, possíveis riscos envolvidos, etc.
O que são ICOs
Diferentemente das IPOs, as ICOs (Initial Coin Offering), são tokens comercializados para que startups e desenvolvedores de projetos possam ter capital necessário para iniciar seu negócio. Eles geralmente são adquiridos por meio de pagamentos em Bitcoin ou Ethereum. É válido ressaltar que esses tokens ainda não são uma nova criptomoeda, sendo utilizados, em um primeiro momento, para trocas dentro do sistema da empresa a que pertencem. Como eles são o símbolo de um contrato realizado com a empresa, seu valor não depende dos critérios dinâmico de flutuação de câmbio do mercado como a taxa de mineração e a especulação. Além disso, eles não possuem rede blockchain própria, portanto funcionam sobre um blockchain já existente.
Outro ponto relevante sobre os ICOs é o fato de não haver burocracia, tal como ocorre com os IPOs. Não há órgãos para regulamentação, não há limites de ativos que podem ser ofertados e as informações trocadas a respeito da empresa são de responsabilidade exclusiva dos envolvidos na negociação.
Os ICOs e os IPOs são um retrato do grande contraste existente entre a economia tradicional em que se viveu por muito tempo e a nova economia digital, que chega rompendo barreiras e tornando a obtenção de capital para novas empresas algo menos burocrático e mais vantajoso para quem investe. Embora possam apresentar mais riscos que investir em uma IPO, investimentos em ICOs são processos que não envolvem terceiros e funcionam de forma a conceder mais liberdade para os participantes das negociações.
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