O Banco Central anunciou oficialmente o nome do projeto piloto do real digital (RD), que passará a ser chamado de Drex, uma abreviação de "digital real x". A revelação foi feita por Fábio Araújo, coordenador do projeto, nesta segunda-feira (07).
Apesar de ser popularmente conhecido como a "criptomoeda do Banco Central", o Drex faz parte de uma categoria específica de ativos digitais denominados Central Bank Digital Currencies (CBDCs), ou Moedas Digitais de Banco Central.
Em julho de 2023, o Banco Central deu início à integração dos participantes selecionados para o desenvolvimento do projeto piloto do real digital na plataforma do RD. A previsão é de que a CBDC brasileira seja lançada em 2024. Vamos lá conhecer mais sobre o Drex?
O que é o real digital, ou Drex?
Basicamente, o Drex representa virtualmente a moeda brasileira. Foi concebido pelo Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) do Banco Central, como parte do desafio especial chamado LIFT Challenge.
A principal diferença surge quando o Drex é incorporado a uma plataforma blockchain, permitindo transações seguras entre participantes.
Essa versão tokenizada do real será direcionada principalmente para transações atacadistas entre empresas e instituições, diferenciando-se das transações populares do dia a dia, como aquelas realizadas por meio do PIX.
O ano de 2023 traz consigo as primeiras manifestações desse novo ciclo, trazendo consigo a expectativa em torno do real digital, a criptomoeda a ser emitida pelo Banco Central.
Esta faz parte de uma classe distintiva de criptomoedas chamadas Central Bank Digital Currencies (CBDCs), emitidas por autoridades monetárias de países.
Junto com a moeda digital da China, o yuan digital, o real digital é um dos projetos mais avançados nesse campo. No entanto, o foco e as funcionalidades da moeda brasileira se diferenciam.
De acordo com o cronograma, uma versão piloto do real digital está planejada para 2023, sujeita a cerca de 18 meses de testes. O lançamento oficial da "criptomoeda brasileira" é previsto para o final de 2024 ou o início de 2025.
Apesar disso, ainda pairam muitas incertezas sobre o projeto. Para esclarecer algumas delas, o Banco Central foi contatado, e Fábio Araújo, o coordenador do projeto de CBDC, respondeu a algumas perguntas, fornecendo detalhes essenciais sobre a nova moeda e o futuro dos sistemas de pagamento.
Confira a seguir sete perguntas e respostas que abordam detalhes cruciais sobre a nova moeda e a evolução dos métodos de pagamento.
Como o real digital se diferencia do PIX?
Conforme o próprio coordenador do projeto explica, o real digital propõe uma solução que se caracteriza mais como uma nova infraestrutura do que como um novo produto, em contraste com o PIX.
O Brasil já possui um sistema financeiro sofisticado, com soluções como TED, DOC e boletos virtuais. O PIX, como um sistema de pagamentos instantâneos, é uma solução tecnologicamente avançada.
Portanto, o real digital não é substancialmente diferente dessas soluções de transferência instantânea já existentes. Seria uma alternativa adicional para transações instantâneas.
O real digital será usado no cotidiano?
Os porta-vozes do Banco Central têm enfatizado que o real digital se concentra em transações de atacado, não no varejo. Para as transações de varejo, já existe o PIX. Ou seja, a criptomoeda emitida pelo Banco Central prioriza transações entre empresas e instituições.
No entanto, devido à natureza da tecnologia blockchain, essas prioridades podem ser redefinidas conforme as necessidades mudem.
Embora seu uso seja inicialmente limitado para a população em geral, o coordenador do projeto afirma que o real digital poderá ser usado para qualquer tipo de pagamento online existente, da mesma forma que a moeda física é usada atualmente.
Qual o impacto do real digital nos bancos?
A introdução do real digital poderia ameaçar a posição dos bancos, pois remove a necessidade de intermediários entre o Banco Central e os usuários finais.
O desenho da rede do real digital poderia, em teoria, permitir que os usuários realizassem transações diretamente com o Banco Central, minando o papel dos bancos privados.
Para abordar essa preocupação, o Banco Central planeja permitir a tokenização, ou seja, a transformação de ativos do mundo real em representações digitais.
Isso possibilita que as instituições financeiras privadas convertam suas reservas em reais digitais e vice-versa.
O objetivo é garantir que o real digital mantenha a parceria com o setor privado, assegurando a liquidez e o crédito na economia e evitando um impacto negativo nas finanças dos bancos.
Existe risco de censura no uso do real digital?
O real digital levanta preocupações sobre a possibilidade de censura financeira, pois é emitido e controlado pelo Banco Central.
Ao contrário das criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, o Banco Central poderia, em teoria, exercer controle sobre as transações com o real digital.
Isso preocupa alguns participantes do mercado de criptomoedas, que valorizam a resistência à censura como uma característica fundamental.
O que diferencia o real digital das stablecoins?
Embora o real digital possa desempenhar um papel semelhante ao das stablecoins em projetos e protocolos locais, essas duas categorias de ativos são distintas.
As stablecoins geralmente estão vinculadas a uma moeda fiduciária, como o dólar americano, para manter um valor estável.
Já o real digital é emitido diretamente pelo Banco Central, não estando vinculado a outra moeda. Além disso, o real digital pode ser programado e utilizado para estabelecer contratos e transferências rápidas e seguras.
O real digital é uma ameaça às stablecoins?
Embora o real digital e as stablecoins possam cumprir funções semelhantes em seus respectivos cenários, elas têm diferenças significativas. O real digital é emitido por uma autoridade central, o Banco Central, enquanto as stablecoins muitas vezes são emitidas por entidades privadas e estão atreladas a moedas fiduciárias.
Além disso, a programabilidade, o desenho da rede e os usos podem variar entre esses ativos digitais, posicionando-os de maneira diferente no panorama financeiro global.
Conte com a gente para o seu próximo passo!
Em resumo, o Drex, nome oficial do projeto piloto do real digital, representa um passo inovador do Banco Central em direção ao futuro das finanças.
Como parte da classe emergente das Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs), o Drex busca modernizar as transações financeiras por meio da integração da tecnologia blockchain, permitindo transações mais seguras e eficientes entre participantes.
Embora seja frequentemente comparado ao PIX, o Drex é mais do que apenas uma solução de transferência instantânea; ele introduz possibilidades avançadas, como contratos inteligentes e integração com a infraestrutura financeira existente.
No entanto, o impacto potencial do Drex nos bancos e a possibilidade de censura financeira levantam questões importantes sobre seu alcance e suas implicações.
À medida que avançamos em direção ao lançamento piloto do real digital, a colaboração entre o Banco Central e o setor privado será fundamental para garantir a harmonização do novo sistema com a estabilidade financeira e as necessidades da população.
O Drex não apenas simboliza uma nova era de transações financeiras, mas também desafia os paradigmas tradicionais, abrindo caminho para um cenário financeiro mais moderno e inclusivo.
Antes de investir em qualquer criptomoeda, é fundamental conduzir uma pesquisa completa, entender sua proposta de valor, a tecnologia subjacente e os riscos envolvidos.
Ao optar por investir em criptoativos com a Americans Business, os investidores podem se sentir confiantes de que estão escolhendo uma empresa confiável e comprometida com seu sucesso.
Com acesso simplificado, segurança robusta, análises de mercado atualizadas e uma ampla seleção de criptoativos, a plataforma está preparada para atender às necessidades dos investidores de hoje.
Seja você um investidor iniciante em busca de uma plataforma fácil de usar ou um investidor experiente em busca de uma abordagem mais segura, a plataforma oferece uma solução abrangente para investir em criptoativos.
Acesse nosso site e comece a investir em criptomoedas promissoras conosco!