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Bitcoin: a origem

Foto do escritor: Paul LemosPaul Lemos

Tempo de leitura: 3 minutos

Nos dias atuais, são notáveis as facilidades em realizar transações financeiras e o pagamento de bens e serviços. Em comparação ao início das sociedades, em que as transações eram realizadas por escambo, os cartões de crédito, cheques e as cédulas são formas incontestavelmente práticas de obtermos o que precisamos para sobreviver.

Porém, esse novo sistema monetário, baseado em moedas fiduciárias – com lastro – exige a existência de um Banco Central e órgãos reguladores, ou seja, há uma grande dependência de instituições estatais e, consequentemente, têm muitas restrições.

O economista Fernando Ulrich escreveu em seu livro “Bitcoin: A moeda na era digital” sobre a situação de subordinação do dinheiro ao Estado:

“Este é o paradigma do atual milênio: crescente perda de privacidade financeira; autoridades monetárias centralizadas e opressivas que abusam do dinheiro, isentas de qualquer responsabilidade; e bancos cúmplices e coadjuvantes no desvario monetário” (ULRICH, 2014, p. 37).

Embora as criptomoedas tenham sido criadas antes da publicação escrita desse pensamento, podemos estabelecer um paralelo entre ele e os motivos que levaram a comunidade Cypherpunk a criar o conceito de criptomoedas em 2008 e, posteriormente a Bitcoin.

Vale ressaltar que esses fatos ocorreram no contexto a crise imobiliária de 2008 que teve início nos EUA e provocou graves impactos econômicos ao redor do mundo, tornando as pessoas mais receosas quanto às economias estatais.

Na concepção da comunidade Cypherpunk, as criptomoedas deveriam ser baseadas em criptografia e ter como objetivo principal a libertação das pessoas da dependência estatal no âmbito financeiro. Um usuário participante dessa comunidade chamado Wei Dai publicou um manifesto que idealizava uma rede de pagamentos descentralizada. Pouco tempo depois, surgiu uma plataforma chamada BitGold, algo similar a um precursor do Bitcoin e que foi o responsável por iniciar a utilização do sistema proof-of-work para a validação de transações.

Unindo o sistema proof-of-work, a criptografia, a tecnologia de Blockchain e uma plataforma estruturada em arquitetura peer-to-peer e de código aberto, Satoshi Nakamoto (um pseudônimo) criou em 2009 o Bitcoin. Segundo ele, a principal motivação para a criação do Bitcoin é o pensamento de que a raiz do problema com a moeda tradicional é que ela precisa de muita confiabilidade em terceiros para funcionar devidamente e isso seria algo desnecessário e limitante. Assim sendo, o Bitcoin surge como um novo sistema monetário democrático e descentralizado em que todos podem ser provedores e receptores das moedas, sendo os próprios usuários responsáveis pela validação das transações e pela geração de novas moedas.

A façanha mais inovadora do Bitcoin e que lhe torna tão diferente e famosa é a eliminação do gasto duplo sem a intervenção de órgãos centralizados para fazer isso. Além da utilização de Blockchain e do sistema proof-of-work, a grande inovação da plataforma está no fato de que as moedas não poderão ser geradas para sempre. A cada 210.000 novos blocos são gerados 50 BTC (Bitcoins), porém, o valor desse prêmio cai pela metade a cada 4 anos até atingir 21 milhões de unidades, quando a plataforma cessará definitivamente a geração da moeda.

Como se pode perceber, o contexto econômico e social complexo vivido em 2008 foi o estopim para a criação de um sistema monetário democrático e descentralizado que a cada dia cresce e se desenvolve exponencialmente.

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